Você sabia que, a cada ano, são registrados cerca de 1 milhão de suicídios ao redor do mundo? Só no Brasil, o número de pessoas que tiram as próprias vidas anualmente chega a 13 mil, e dentre todos estes casos, estima-se de 96,8% estão relacionados diretamente com transtornos mentais, como a depressão, transtorno de bipolaridade e abuso de substâncias.
A cada dia que passa, entendemos um pouco mais o quanto a saúde mental é coisa séria. Sua negligência pode levar a consequências gravíssimas, e a desinformação e o preconceito são os maiores responsáveis por apagar quem mais precisa de ajuda.
Preocupados com esta realidade, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, passaram a organizar nacionalmente o Setembro Amarelo®, um projeto que gira em torno do dia 10 de setembro – Dia Mundial da Prevenção ao Suicído – e que conquista, a cada ano, mais atenção dos brasileiros. Mas o caminho para a evolução deste cenário ainda é longo.
De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde, o suicídio é a segunda principal causa de óbito entre jovens de 15 a 29 anos. Além disso, 79% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda, o que evidencia ser esta problemática uma questão de insuficiência de políticas públicas voltadas à informação e à disponibilização de canais de acolhimento a estas vítimas.
Sabemos que, infelizmente, a saúde mental e seus distúrbios ainda são frequentemente vistos sob a ótica do preconceito, o que dificulta com que pessoas que precisam de acolhimento se sintam confortáveis para compartilhar suas angústias e buscar acolhimento. É ainda muito comum situações em que familiares e amigos próximos das vítimas por vezes ignoram seus pedidos de ajuda e demonstrações de instabilidade, seja porque não querem encarar a dificuldade da situação, seja porque de fato não acreditam se tratar de uma ameaça real. Contudo, essas interpretações estão, na vasta maioria das vezes, gravemente erradas.
O suicídio está cercado de mitos e verdades que podem nos confundir, e é por isso que devemos procurar nos informar sobre os fatores de risco, sinais, canais de atendimento e formas de acolher aqueles se encontram vulneráveis. Primeiramente, é necessário compreender que suicídio é, na grande maioria das vezes, a última consequência de uma série de angústias geralmente desencadeadas por instabilidades na saúde mental. Por esta razão, quando observamos a alterações preocupantes no comportamento de uma pessoa próxima, é nossa responsabilidade acolhê-la, cercá-la de atenção, compreensão e afeto e buscar encaminhá-la para terapias adequadas, sem jamais diminuir ou ignorar sua condição, pois isso a faria se sentir ainda mais isolada, incompreendida e fragilizada.
Informação é o primeiro passo para a redução dos casos de suicídio e para a erradicação dos preconceitos que envolvem os cuidados com a saúde mental. O site do Setembro Amarelo® https://www.setembroamarelo.com/ possui cartilhas informativas em relação a fatores de risco, acolhimento e dados sobre suicídio e transtornos mentais, e sugerimos também a visita ao site da Organização Pan-americana de Saúde https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-prevencao-ao-suicidio-2021 e ao site da Sociedade Brasileira de Psicologia https://www.sbponline.org.br/.
Aqui na FAEX, o primeiro passo da informação já foi dado, e avançamos nossa atenção à saúde mental para a próxima etapa: o acolhimento especializado. O nosso Pronto-socorro Psicológico é um projeto prático desenvolvido pelos alunos do sexto semestre de Psicologia, treinados e supervisionados por professores e sob a direção da coordenação do curso. O acolhimento é direcionado aos públicos interno e externo da FAEX, ou seja, a toda a população de Extrema, e o agendamento é feito pelo site https://faex.edu.br/pronto-socorro-psicologico.
Agora que você já sabe que informação e canais de atendimento são peças muito importantes para salvar vidas, não deixe de compartilhar esta publicação com o máximo de pessoas que você puder!