Você já pensou em mudar de carreira? Acha que já conquistou tudo que podia na sua profissão e que não há mais motivação para alcançar novas posições? Sente-se desanimado com a sua rotina ou ambiente de trabalho e está repensando se escolheu a profissão certa? Se alguma dessas reflexões tem te angustiado, o conteúdo de hoje é para você.
Antes de qualquer coisa, é necessário assegurar-se de que a sua vontade de mudar de carreira nasce de uma verdadeira insatisfação que tende a permanecer, não de um mero impulso ou descontentamento momentâneo. Esteja atento e busque autoconhecimento para identificar com mais clareza se você está apenas descontente com a sua empresa, seu chefe, seus colegas, determinadas tarefas, a área de atuação dentro da sua formação ou se realmente é hora de repensar toda a sua trajetória profissional.
Alguns sinais podem indicar que você está realmente insatisfeito na carreira, sendo alguns deles: desinteresse por temas relevantes para o seu trabalho, sensação de desvalorização, estresse excessivo, desânimo e procrastinação, impossibilidade de visualizar crescimento, falta de ambição para conquistar posições mais altas, desalinhamento do seu ofício com o seu propósito de vida e com os seus valores individuais, cansaço constante, irritabilidade e desgosto pelas tarefas de rotina do seu trabalho.
Uma vez que você está seguro de que deseja mudar de profissão, é hora de se planejar, identificar para qual carreira você quer migrar e estudar muito!
O primeiro aspecto que você deve considerar é objetivo e crucial para que você tenha segurança e estabilidade durante a sua transição: reserva financeira. Uma boa sugestão é que você junte uma quantia que seja equivalente a pelo menos seis meses do seu atual trabalho. Por isso, antes de pedir as contas, certifique-se de que você possui solidez financeira, afinal, ao começar uma carreira do zero, você não deve contar com uma vaga de imediato ou com salários muito altos.
Isso nos leva à segunda dica: calibre suas expectativas. Você pode ter décadas de experiência de trabalho, mas deve se lembrar que, dependendo da área para a qual você está migrando, você é tão experiente quanto um estagiário. Lembre-se de que você está começando um novo processo de experiência e tenha a humildade de reconhecer que, neste novo meio, você é um aprendiz.
O próximo passo é, enfim, identificar as suas áreas de interesse e escolher qual será a sua nova profissão. Durante este processo, muitos são os aspectos a serem estudados: o seu gosto pessoal, o mercado de trabalho e sua taxa de empregabilidade, o proveito da sua experiência neste novo campo, as exigências técnicas e acadêmicas da carreira, as chances de ascensão profissional, a média salarial, a jornada de trabalho, os riscos e os benefícios.
Para saber mais sobre os pilares, fatores e dicas de empregabilidade, clique aqui!
Pode ser que você não tenha certeza de para qual área você quer migrar, apenas de que quer sair de onde está. Se este for o seu caso, é recomendável que você converse com profissionais que atuam em áreas com as quais você acredite que possa se identificar e pode também se beneficiar muito de um teste vocacional realizado com um psicólogo especialista.
Caso a sua ideia seja iniciar um negócio próprio, é bom lembrar que o empreendedorismo, apesar de uma ideia muito popular na atualidade, também exige muito estudo e persistência, pode ser ainda mais arriscado e comumente demanda certo tempo até começar a apresentar uma receita satisfatória, portanto é muito importante que você esteja seguro financeiramente e com as expectativas situadas dentro da realidade.
Também temos um conteúdo muito legal e com várias dicas para você que está pensando em empreender, clique aqui para acessá-lo!
Já que você está retornando ao status de aprendiz, é o momento de atravessar novamente todo o percurso de alguém que está em busca de um primeiro emprego. Depois de ter selecionado a sua nova carreira e estudado sobre ela, é hora de se qualificar e ganhar experiência. Para isso, uma dica é conversar com pessoas que já atuam no meio e procurar entender quais são as competências e habilidades mais importantes que você deve buscar desenvolver, se é benéfico investir em uma segunda graduação, talvez uma pós que conecte a sua antiga carreira à nova e quais são as melhores empresas e oportunidades para a sua transição. Esses diálogos, além de serem muito ricos em conhecimento e experiência, já iniciam seu networking e podem te possibilitar oportunidades valiosas no futuro.
No momento de se aplicar para uma vaga no seu novo ramo, é importante que você seja estratégico, transparente e aberto. Na hora de elaborar seu currículo, dê ênfase às formações e experiências que, de acordo com as suas pesquisas e entrevistas, evidenciam as habilidades mais valorizadas para a posição que você almeja. Softskills, idiomas e conhecimentos em sistemas, plataformas e mídias, por exemplo, são competências coringa inclusive para quem ainda não possui experiência técnica ou formação profissionalizante. Na entrevista, seja honesto quanto ao seu nível iniciante neste novo ramo, explique porque você decidiu mudar de carreira e valorize as experiências e habilidades que você conquistou no antigo trabalho que podem ser complementares e inovadoras para a equipe.
Você pode conferir mais 10 dicas para a sua entrevista de emprego clicando aqui!
Uma vez que você finalmente começar a trabalhar na profissão que você escolheu, busque se lembrar sempre de que a construção de uma nova carreira exige humildade, paciência, disposição, equilíbrio e celebração a cada nova conquista. Boa sorte!